A emoção na sala de aula
Discutiremos a importância da relação
entre a emoção e a atividade intelectual na sala de aula, mostrando que tanto o
professor quanto o aluno poderá passar por momentos emocionais durante o
processo de ensino e aprendizagem.
As três principais emoções que exercem
ações na sala de aula são: o medo demonstrado através de situações novas como
responder alguma atividade, apresentar algum trabalho etc.; a alegria, que traz
inquietação, também pode trazer entusiasmo para a realização das atividades; e
por ultimo a cólera, que tem o poder de expor o professor diante da classe
trazendo desgastes físicos e emocionais.
Assim na maioria das vezes os
professores não sabem lidar com as situações emotivas de sala de aula, pois
elas podem ser imprevisíveis.
Um exemplo disso é a atenção que é algo
necessário dentro da sala de aula e qualquer movimento significa desatenção,
que é interpretado muitas vezes como indisciplina, podendo assim atrapalhar
tanto os coleguinhas como a professora. Segundo Almeida (1999, p. 90):
As reações posturais das crianças são
normalmente interpretadas como desatenção. Assim, há uma grande insistência
pela contenção do movimento, como se sua simples eliminação pudesse assegurar a
aprendizagem da criança.
E são através desses movimentos que
podem gerar emoções como a alegria, que ao se produzir revela uma grande
excitação motora, onde poderá ser trabalhado várias atividades como: teatro,
dinâmicas em grupo etc., fazendo com que seja atividades facilitadoras do conhecimento
Sabendo também que o professor deve levar em consideração os estados emocionais no contexto de sala de aula, pois o excesso ou a falta de movimento pode revelar a presença de um estado emocional, seja ela boa ou ruim.
Portanto, o professor tem que ser
equilibrado emocionalmente na sala de aula, pois a inteligência costuma ceder
aos caprichos da emoção, o grande desafio é manter o equilíbrio entre a razão e
a emoção, para que o estado emocional não implique em exercer determinada
atividade cognitiva.
Muitas vezes os professores se revelam
como um alvo frágil e fácil do aluno atingir. Essa falta de aproximação entre o
professor e a emoção deixa-o totalmente cego diante das expressões na sala de
aula.
Pode-se dizer que a escola exerce um
papel fundamental no desenvolvimento socioafetivo da criança. Segundo Almeida
(1999, p. 99):
Como meio social, é um ambiente
diferente da família, porém bastante propício ao seu desenvolvimento, pois é
diversificado, rico em interações, e permite à criança estabelecer relações
simétricas entre parceiros da mesma idade e assimetria entre adultos. Ao
contrário da família, na qual a sua posição é fixa, na escola ela dispõe de uma
maior mobilidade, sendo possível a diversidade de papéis e posições. Dessa
forma, o professor e os colegas são interlocutores permanentes tanto no
desenvolvimento intelectual como do caráter da criança, o que poderá ser
preenchido individual e socialmente.
Através dessas diversas interações,
escola / família, professor / aluno, o meio proporciona experiências essenciais
para a construção da personalidade da criança, caracterizando-a assim como ser
humano, como sujeito do conhecimento e do afeto, possibilitando um maior
crescimento.
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