Quem é?
Quem é esse estranho
personagem?
Homem ou mulher, velho ou
moço, que em sua ação é ao mesmo tempo músico e regente?
Quem é essa estranha figura
que em seu trabalho chora e ri, fala e escuta, conta e
encanta?
Quem é esse ator que precisa
entusiasmar o grupo e ao mesmo tempo atender o apelo
individual?
Precisa manter a ordem sem
perder a serenidade; falar a todos, ouvindo a cada
um?
Quem é esse estranho
personagem?
Quem possui a indômita magia
para ajudar que todos desabrochem e se expressem, aprendam e se transformem,
construam e sonhem?
Quem é esse estranho
malabarista que necessita se equilibrar entre conteúdos e competências,
limitando excessos, favorecendo autonomia, acordando inteligências, provocando
pensamentos?
Quem é esse anjo que
empresta a filho dos outros, o tempo que para os seus não tem e que cobrado
pelos desafios da vida sempre dura, não consegue apagar a emoção que a rotina
propicia?
Quem é esse estranho
personagem?
Que necessita sempre
resolver, saber, decidir, propor, desafiar sem oportunidade de perder o
instante, sem o recurso de deixar para depois?
Quem possui essa aura para
esgotado, renovar esforços; combalido encontrar energia? Quem pode, ao entrar em
cada classe, refazer-se novo como se aquela fosse a única?
Quem é esse estranho
personagem?
Que aprende a empatia que
ensina, pratica a solidariedade que prega, administra a progressão do currículo
que deseja, avalia com olhar abrangente, vibra com sucessos que não são
seus.
Quem é esse distribuidor de
sementes que não colhe para uso próprio os frutos que
plantou?
Quem é esse estranho
personagem?
Quem é
esse teimoso otimista que confia no aluno, que acredita no amanhã, que espera
sempre pelo sonho?
Quem é esse estranho
personagem?
Se ignorar a resposta, busque no espelho
prezado professor...
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